“Kit-Covid”: Luciano terá que apresentar embasamento científico e jurídico

Requerimento foi protocolado pelo vereador Pedro Kawai (PSDB) – Crédito: Divulgação

Na sexta (15), o prefeito Luciano Almeida (DEM) usou suas redes sociais para anunciar que vai usar dinheiro da Prefeitura para comprar e distribuir medicamentos que compõem o chamado ‘kit-Covid’, suposto tratamento precoce contra a doença, que já matou 440 pessoas em Piracicaba.
Contraditoriamente, no mesmo dia, em audiência na Câmara de Vereadores, o médico e sub-secretário municipal de Saúde, Augusto Muzilli Jr, afirmou aos vereadores e assessores presentes, que “não há tratamento precoce” para a Covid-19 e que “não existe comprovação científica” sobre o uso de medicamentos como a Ivermectina, hidroxicloroqiuina e a azitromicina, especificamente no combate ao novo Coronavírus, o que indica divergência de opiniões entre o chefe do Executivo e sua equipe da saúde.
A decisão do prefeito, que divide opiniões entre a população, levou o vereador Pedro Kawai (PSDB) a protocolar esta semana, um requerimento de informações, questionando Luciano Almeida sobre a comprovação científica e o embasamento jurídico adotado pela prefeitura, para investir recursos do orçamento na compra de medicamentos considerados impróprios, segundo a comunidade científica e a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, para prevenir a manifestação da doença ou atenuar seus efeitos em pessoas infectadas.
Segundo Kawai, a Câmara tem o dever constitucional de fiscalizar o uso dos recursos públicos do município com quaisquer que sejam os bens ou serviços, por esta razão, ele pede que o prefeito apresente laudos que comprovem e justifiquem a compra de medicamentos do que se convencionou chamar de “tratamento precoce”, por quem defende o procedimento, mesmo contrariando a opinião médica. “Quem será o responsável por possíveis efeitos colaterais provocados nas pessoas, caso esse kit seja fornecido pela rede pública?”, questiona o parlamentar.
Pela Lei Orgânica do Município, o prefeito tem prazo de até 15 dias para apresentar resposta formal ao Requerimento de Informações, depois de aprovado em plenário. No entanto, Pedro Kawai também encaminhou ofício ao prefeito, dada a urgência e a relevância do tema.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima