Frederico Alberto Blaauw
A pandemia nos trouxe um “novo normal”: mudaram o ensino, as consultas médicas, a mobilidade, os hábitos de higiene, a economia, o mundo do trabalho e do consumo. O álcool passou a fazer parte do dia a dia, em obediência às recomendações sanitárias, enfim vivemos um “novo normal”, afetando a vida daqui para frente, especialmente nosso cotidiano.
No ensino, várias foram as mudanças, na educação formal: a) aulas digitais tornaram-se realidade para professores, alunos, instituições; b) distanciamento mínimo obrigatório; c) o ensino à distância passou a ser tendência sem volta; d) predominância do ensino hibrido, que combina educação presencial e à distância; e) nas universidades, o ensino à distância será ampliado para 40% ou 50%, a permitir que o aluno possa estudar na hora que lhe convier, administrando melhor sua agenda.
O Conselho Federal de Medicina reconheceu a necessidade de ampliar a prática da assistência médica remota, o que levou o Ministério da Saúde a publicar portaria liberando, em caráter excepcional e temporário, o uso da telemedicina, melhor utilizando o tempo de médicos e pacientes. A telemedicina aguarda regulamentação adequada.
Opção pelo carro próprio – O automóvel passou a ser preferência, para o transporte individual, enquanto o coronavírus estiver ativo, para desespero dos ecologistas.
A higienização contínua ganhou importância, para reduzir as chances de contágio, de cada um de nós, com aqueles com quem mantemos contato. Máscaras tornaram-se acessório indispensável da noite para o dia. O mesmo ocorreu com o álcool gel, que tinha uso limitado, virou agora artigo de primeira necessidade, oferecido em locais públicos, lojas, escritórios, bares, restaurantes, farmácias. Parcela significativa da população adotou novos hábitos de higiene e limpeza, o que deve manter-se após a crise.
Ambientes coletivos, como shoppings, metrô, ônibus, agregaram-se ao cotidiano; cuidado maior com a higiene, no ambiente de trabalho e doméstico, devendo manter-se passada a crise.
As mudanças impostas pela pandemia aceleraram profunda transformação no nosso cotidiano, em novos hábitos de higiene, lazer e entretenimento, ocorrendo reviravolta nos hábitos, na mobilidade, nas recomendações sanitárias.
O “novo normal” deve prevalecer ultrapassada a crise do coronavírus.
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Frederico Alberto Blaauw é mestre em Direito Comercial, advogado e consultor de empresas, professor de Direito Empresarial.