Decadance avec elegance ou deselegância e falta de educação?

Giannina Morganti

 

Percorrendo as notícias na imprensa local, fiquei estarrecida ao deparar com o baixo índice de educação de um edil ao acompanhar um amigo/companheiro/camarada, ou quaisquer que sejam o grau de proximidade entre os dois, a um pronto-socorro, exclusivo para atendimento ao Covid-19.

Nada justifica a falta de decoro, elegância, educação, enfim… trata-se de seres humanos, em linha de frente ao enfrentamento a uma Pandemia de proporções jamais vistas pela nossa geração. E são servidores públicos; funcionários que estudaram, prestaram concurso, foram aprovados, nomeados, empossados, cumpriram o penoso e moroso estágio probatório (são três anos sob constante avaliação e vigilância); trabalhadores que foram hostilizados por uma pessoa recém-empossada, de forma eletiva, cuja trajetória, palavras do mesmo, deu-se de forma satisfatória, graças ao incondicional apoio de um soldado da Polícia Militar.

Além de incorrer em vários artigos do nosso código de Leis, cabe aqui algumas observações da minha parte, uma simples pedagoga.

Iniciando com a deselegância e total falta de educação com o trato ao próximo, ou será que fará da mesma forma para atender seus eleitores? Caso fosse o contrário, ou seja, tomassem de assalto seu gabinete e dirigissem impropérios e/ou inverdades, em suma, faltassem com o devido respeito a ele, qual seria sua atitude e providência??

Fico imaginando que um torneiro mecânico, que não tem formação em Medicina, não teria condições de ministrar medicamentos, tampouco o de questionar protocolos sanitários determinados por uma equipe com competência e formação para tanto.

Outrossim, negar uma Pandemia, com milhares de mortos em todo o mundo, chamando de “fraudemia”, seria como negar que há luz do sol durante o dia e escuridão à noite; parece-me óbvio que se trata de uma negação oportunista e muito propícia a alguém que acredita que “fazendo armas” com as mãos e “memes” postados na Internet, é capaz de cumprir a contento, um mandato eletivo de quatro anos, onde sua principal função é a de fiscalizar atos do Prefeito.

Ainda imagino, que dada a repercussão tão nefasta em redes sociais, com ainda mais barbaridades explicitadas pelo nobre eleito, com ofensas estendidas aos médicos, ao “negacionismo” supracitado e a confissão de que seus cordéis são tocados por alguém que coordenou sua campanha, resta saber se as devidas e cabíveis providências por uma importante instituição como a egrégia Casa de Leis local, serão pronta e seriamente tomadas.

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Giannina Morganti, membro do MCCP (Movimento de Combate à Corrupção), servidora pública municipal

 

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