Walter Naime
A troca de posição mental dos contendores em debate de situações difíceis é muito importante e para que se tire proveito do mesmo é necessário entender os problemas que surgem na procura de uma solução que evite dores entre as partes.
Nessa oportunidade é de se desejar que exercite essa troca, um ficando no lugar do outro para que se inteire dos problemas alheios para propor resultados positivos.
Com esse exercício os contendores viveram as dificuldades e intenções do outro e havendo bom senso, sempre haverá ganhadores pois os dois lados se sentirão satisfeitos.
A ideia do “Se fosse você”, sendo uma proposta a mais além daquela que você e o outro obteve pode interferir nas decisões colaterais dando clareza ao assunto é proativa.
Alguns casos no caminho da vida se apresentam com curiosidades.
Num relato dois companheiros iam por uma estrada abandonada, quando notaram uma macieira com duas maçãs vermelhinhas, uma menor que a outra. A sede estava maltratando a ambos a algum tempo naqueles dias de calor. Em seguida foram colhidas as duas maçãs e quem as colheu reteve a maior em seu poder entregando a outra ao companheiro. Pela expressão deste ficou claro um descontentamento e então surgiu a pergunta: se fosse você o que faria. A resposta foi lacônica: eu ficaria com a menor e entregaria a maior. Foi isso mesmo que eu pensei e então estamos certos, eu fico com a maior.
Dois amigos que conversavam ao caminhar por uma estrada de ferro estavam felizes.
Num dado momento o tempo mudou e houve uma tempestade. Com tudo a caminhada não foi interrompida e depararam com uma ponte caída. Nessa situação um amigo perguntou ao outro o que fazer? O amigo respondeu! Eu ia de encontro ao trem com um galho de árvore avisando que a ponte havia se rompido. O parceiro respondeu: Você está vendo alguma árvore que possa fornecer esse galho?… Então eu ia até uma casa de uma fazenda e telefonaria para a estação mais próxima segurar o trem; você está vendo alguma casa que possa ter telefone? O nervosismo surgiu e a resposta veio como um trovão! Então eu ia chamar minha irmã! E daí ela ia resolver o problema? Não, mas ela também nunca viu desastre de trem.
Se fosse você perguntado o que prefere? Uma mosca na mão ou duas voando, creio que a resposta seria uma mosca na mão pois denotaria a segurança por ter apanhado uma. No entanto se a pergunta fosse: o que você prefere uma picada de abelha na mão ou duas voando, a resposta seria duas voando.
Vale adicionar a história da pessoa pobre que encontra uma carteira com um grande valor em dinheiro e perguntado o que fez disse ter procurado o verdadeiro dono e devolvido. Isso nos encanta e nos faz perguntar se você faria o mesmo? Deixemos que a resposta permaneça com você mesmo, para que não tenhamos a oportunidade de ouvir uma mentira, coisa que estamos cansados de ouvir, e nada ter mudado. Há exceções pois via de regra acontece e um anjo se salva.
As coisas são como são, e as respostas são da conveniência de quem pergunta.
“Se fosse você” é uma pergunta que coloca a gente diante de uma escolha imediata e vai indicar uma série de caracteres do perfil humano dando oportunidade de conhecermos o que pode variar nesta vida em que estamos sempre aprendendo.
No entanto o “Se fosse você” nos traz a possibilidade de conhecer com quem nos relacionamos no dia a dia, trazendo um estado de defesa de coisas que podem acontecer, pois o egoísmo é uma árvore que não dá frutos doces e além de azedos apresentam espinhos a seu redor.
Não se esquecer de que “Se fosse você” tira sua máscara pessoal e coloca outra contra o coronavírus.
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Walter Naime, arquiteto-urbanista, empresário