Natalia Mondoni
Estamos na etapa final do ano de 2020 – dá para acreditar que já estamos em novembro, afinal? E, se formos pensar, que ano que tivemos. Um 2020 que foi cheio de desafios em aspectos muito diferentes e, sem dúvida alguma, de muitos desafios para nossa psique e saúde mental. Pesquisas realizadas pelo mundo dão conta de que as demandas relacionadas à saúde mental cresceram vertiginosamente durante o período da pandemia. Relatórios produzidos pela OMS e outras organizações mundiais informam sobre o aumento de nos sintomas, principalmente, da depressão e da ansiedade em todo mundo.
Mas, se por um lado vivenciamos toda esta situação e ainda convivemos com ela, é preciso que olhemos para os próximos meses, ou seja, para o ano vindouro, com a certeza de que pudemos aprender sobre a doença, sobre como ela nos afeta e, principalmente, como podemos cuidar melhor da nossa saúde mental. Se por um lado nossa saúde mental nunca foi tão demandada, por outro, nunca se falou tanto sobre essas temáticas, e isso é extremamente positivo.
Portanto, é necessário de fato observarmos alguns pontos importantes relacionados à saúde mental, para que possamos olhar com carinho e gentileza nas próximas oportunidades. Alguns pontos estão mais ligados à área biológica em si, como por exemplo, cuidados com a alimentação, optando por alimentos mais saudáveis; a prática regular de atividade física; regulagem do tempo de sono. Outros pontos estão mais ligados à forma como nos relacionados com as pessoas e como resolvemos passar o nosso tempo, e, dentre elas, se relacionar de forma saudável com pessoas próximas, como amigos e família; estar em contato permanente com a natureza e ao ar livre; se dedicar à hobbies e lazer que façam um papel terapêutico e, obviamente, para cada um isso tem um sentido muito específico – cantar, bordar, desenhar, dançar. Costumo dizer, sempre, que muitas atividades nos são terapêuticas, sem ser, de fato, a terapia em si. Aliás, a terapia em si é de extrema importância, pois através dela nos olhamos com mais carinho, dando sentido, significado e destino a muitas dores, problemas e incômodos que vamos carregando durante a nossa vida.
E acredito que precisaremos de uma dose extra de coragem para o que está por vir. E como já dizia a música do Diogo Nogueira: “Para que chorar? Melhor sorrir! / Perseverar, não desistir/ E ter um pouquinho só de malandragem/ A vida vai te balançar, te questionar, te sacudir/ O que ela quer da gente é coragem”.
Vamos juntos? Com carinho,
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Natalia Mondoni, psicóloga; Instagram @psinataliamondoni