Natalia Mondoni
Pois bem, nem dá para acreditar que já estamos, novamente, encerrando mais um mês de outubro. E, como desde o início da década de 1990, temos a campanha Outubro Rosa, que consiste em promover uma maior conscientização sobre o câncer de mama. E, com a campanha, a intenção é que todos nós, homens e mulheres, fiquemos mais atentos sobre nós mesmos e, assim, diagnosticar cada vez mais cedo a doença.
E pensando sobre isto, lembrei que estes dias ouvi alguém dizendo que passou a vida toda se dedicando ao que, para ela, eram suas prioridades, e que, basicamente, havia se anulado em muitas outras questões, principalmente à saúde e à sua imagem. Por certo este comentário foi feito de maneira a ter um certo remorso por conta do fato, mas também, uma certa tristeza, pois muitas de nós, mulheres, temos certa dificuldade em admitir que a nossa prioridade também deve ser nós mesmas. E isso vem acarretado, muitas vezes, por papéis e por suposições de como devemos ser, e que carregamos a vida toda: a mãe perfeita, a esposa que faz tudo, a profissional que sempre se destaca… e é onde o perfeccionismo aparece. E nós conosco, onde ficamos? Nos dizem que podemos ser tudo o que quisermos, mas não nos contam o que, muitas de nós, constatam com o tempo: para muitas de nós, faltam braços e pernas para chegar onde queremos. Onde nós queremos? Ou onde querem que cheguemos?
O que podemos pensar é como ressignificar muitas atitudes e pensamentos que vem embrenhados em nossas mentes e corações, para que possamos ter uma vida que tenha mais sentido, mais propósito e mais bem estar. Repensar as prioridades, pensando em como as coisas podem se ajustar ao estilo de vida de cada uma, sem necessariamente, com isso, deixar de ser qualitativo para o que se propuser a fazer, lembrando sempre de se incluir como uma prioridade a ser cuidada. Se incluir neste imenso mar de quereres que carregamos. Com carinho, Natalia Mondoni.