Walter Naime
O mundo sempre foi comandado pelo medo! Sempre você fez parte do clube do medo, querendo ou não.
Exemplos da História nos traz formas de mostrar essa realidade.
O homem nasceu com o medo desde que levou o primeiro tapa no bum-bum, estando de cabeça para baixo demonstrando ter sentido dor ou alteração no seu estado de ser. No entanto esse tapinha milagroso era que o fazia “chorar” e respirar mais fundo, até que o “folinho” da respiração se desse por desconectado de alguma coisa para uma vida individualizada.
A trilha para a vida estava aberta, mas com o impacto sentido passou a se preparar para outros “tapas”, mas sempre com a expectativa do medo delas, pois a alteração do sentir predominou.
Existe os medos naturais, sabendo que eles podem alterar as nossas dores: vendavais, enchentes, vulcões, temperaturas extremas, tsunamis, pestes, que nossas mentes vivenciam e tentam se proteger pelo instinto da auto defesa.
Existe os “medos criados” pelos conhecedores dos sistemas econômicos, administrativos, financeiros, políticos, religiosos, psicológicos, entre outros.
Alguns exemplos mais próximos estão à disposição nas guerras pelas propriedades, guerras pelo poder, guerra pelas crenças, guerra pelo conhecimento, que dão a condição de controle do ser humano.
Os sistemas que podem conduzir essas ações, usam o poder através da representação.
Você sozinho não representa nada, mas com a adesão de representados, ganha o posto de representante, tendo força coletiva para agir em nome deles, conseguindo o controle.
Com o controle você adquire o poder, pois pode participar de grupos maiores para negociar e conquistar postos mais elevados.
Com o poder, se você tiver sido um bom negociador conseguirá o domínio.
Nessa sequência se tiver o sucesso de atender todas as regras e compromissos com os seus representados terá seu tempo estendido, caso não, a contenda continua e você perderá o seu controle e o poder voltando ao ciclo inicial.
O próprio sistema no desejo de dominação estabelece que você vai fazer parte do “clube do medo”.
Você paga caro por fazer parte do clube e, sem isso você não estará “protegido”, ficando aprisionado em “barras” de aço de costumes, em que você é financiador dessas “barras”, e não há como não estar sócio.
Das inúmeras tentativas de “domínio”, só resultou destruição e morte.
Podemos citar exemplos de governantes como Mussolini, Hitler, Stalin, que deu no que deu: catástrofes.
Nada se controla se você não puder medir economicamente ou controlar mentalmente as dimensões dos problemas em expectativa.
Com a era da internet, com o avanço do armazenamento de dados do conhecimento, o homem está se propondo a fazer o “domínio” pelo “conhecimento – informação”, e já está presente há algum tempo, haja vista o controle de votos na democracia dando condições de usá-la como arma para vencer as eleições.
Assim, lá atrás numa “guerra fria” quando os dois poderosos EUA e RUSSIA, mostravam os “muques”, o mundo que estava assistindo “morria de medo”, pois estavam entre dois poderosos.
O medo é realmente “medonho” pois imposto como normas exige obediência absoluta às regras estabelecidas pelo “dominador”.
A forma de você, quando inconformado e conscientemente agir é combater o medo, é com coragem, forjada no seio da sua sinceridade de propósito se inspirando no pensamento de Fernando Pessoa”, não se ajoelhando aos pés do adversário quando ele cresce e você desaparece. “Tudo se agiganta quando a alma se apequena”.
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Walter Naime, empresário, arquito-urbanista