A Lei 8.069 (13/07/90) institui o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Inspirado em diretrizes da Constituição Federal (1988) contempla algumas normativas internacionais: “Declaração dos Direitos da Criança”, “Regras de Beijing”e “Diretrizes das Nações Unidas para prevenção da Delinquência Juvenil”, por exemplo.
No art. 2ºdo ECA“considera-se criança a pessoa de até 12 (doze) anos incompletos e adolescente o sujeito entre 12 e 18 anos”. Essa definição visa a atender critérios jurídico-penais. Por esse motivo a redução da maioridade penal é foco de polêmicas, dentro do contexto sócio histórico da sociedade brasileira atual.
Há algum tempo atrás muitas mães educaram seus filhos com permissividade, à base do “tudo pode”, achando que cresceriam mais saudáveis física e emocionalmente. Ledo engano. Os limites que elas não deram recortam, delimitam a vida emocional da criança em formação. Na mesma esteira surgiu o modismo da “produção independente”, mulheres que queriam filhos sem ter marido. Não pensaram nas consequências à criança. O pai é (ou era) a encarnação da lei, do limite necessário ao desenvolvimento infantil.
Diante de uma sociedade plural como a nossa, houve uma inversão dentro de casa e os pais se tornaram reféns dos filhos. Sem limites claros sua onipotência ganha forças criando entraves na educação.
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Tive um relacionamento curto com um rapaz que depois me ignorou. Apesar de fazer o mesmo com outra (até ficamos amigas) sempre me tratou muito bem. Só acho que mereço os que me fazem sofrer como se tivesse que pagar por não ter dado certo. Nunca entendi porque sumiu assim, pois nem brigamos! Faz quase um ano e não consigo esquecê-lo (nem sei se quero), e isso está me atrapalhando profissionalmente.Anita
Por trás da assertiva “nunca entendi porque sumiu assim” há uma pergunta: ‘Quem sou eu que me desconheço?’ Essa falta de compreensão é de si mesma e não dele. Não estaria se culpando por considerar que ele lhe tratava bem? O desinteresse dele não está alimentando um suposto sentimento de fracasso?
Ao indicar que ele já repetiu o feito com mais alguém você desfaz dele, mas depois nem deseja esquecê-lo. A quem não quer esquecer? Você não apenas carrega essa pessoa de idealizações; se reveste de tal onipotência que o fracasso/sucesso da relação se torna sua total responsabilidade.
Quando se nega a olhar a realidade que se lhe apresenta, as perguntas ‘Quem sou?’ ‘O que quero?’ ‘O que espero de um homem?’ lhe apertam ainda mais. A punição que se submete está ligada à cobrança que faz de você a você mesma. Está tentando reproduzir nas relações atuais algo da ordem dessa relação mal resolvida, mas de modo inverso.
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