Plano SP incomoda os negacionistas

Marco Vinholi

 

OPlano São Paulo, do Governo do Estado, é o mais completo e transparente projeto de enfrentamento da pandemia e retomada das atividades econômicas. Anunciado em maio pelo governador João Doria, contou com a colaboração de prefeituras, empresas e trabalhadores, que auxiliaram os comitês de Saúde e Desenvolvimento Econômico na definição dos critérios para uma reabertura segura e gradual. Trabalho ancorado no princípio basilar de preservação da saúde e de vidas.
Passado mais de um mês de aplicação prática, os resultados positivos do Plano SP são inegáveis. Na capital e cidades da região metropolitana, onde os índices indicavam queda na propagação do vírus e redução das internações, a reabertura do comércio completou três semanas sem que houvesse a propalada “explosão” de casos, pelo contrário.
O chamado “novo normal” começa a ser a realidade de São Paulo, para a contrariedade de dois grupos políticos, à extrema direita e à extrema esquerda, que apostaram no “quanto pior, melhor”. O primeiro grupo, todos conhecemos desde antes da decretação da pandemia pela Organização Mundial da Saúde. São os negacionistas da ciência, os que se regojizam com o triste momento que o mundo vive.
O outro é formado pelas viúvas de passado recente, marcado por incompetência e corrupção. Na pandemia, foram os catastrofistas de sempre. Apostaram que o sistema de saúde iria entrar em colapso. Perderam. Disseram que não haveria apoio aos mais pobres e vulneráveis. Erraram.
Restou-lhes a crítica sonhática, idealizada com base em suposições. Suposições que se desmancham como fumaça face à realidade objetiva dos fatos.
O fracasso desse grupo pode ser medido não pelo que fantasiam. Mas pelo que gostariam de ter criticado e não conseguiram. A coordenação do Governo de SP, a cooperação dos setores econômicos e da população silenciaram seu oportunismo. A começar pela impressionante expansão do atendimento no SUS.
Em três meses, o governo expandiu em 125% o número de UTIs. Criou sete novos hospitais. Comprou respiradores em três países, vencendo disputas mundiais pelo produto, forneceu equipamentos e insumos. Mais importante: contratou e capacitou mais de 6 mil profissionais da saúde.
Na área social, arrecadou R$ 1 bilhão em doações privadas, integralmente revertidos aos mais carentes. Garantiu o valor de uma cesta básica para 740 mil alunos, de famílias em situação de extrema pobreza, que ficaram sem a merenda com a suspensão das aulas. Distribuiu 4 milhões de cestas básicas e 1,2 milhão de kits de higiene, com sabão, detergente, desinfetante e álcool em gel, às famílias vulneráveis. Passou a oferecer, de graça, as refeições do Bom Prato aos moradores de rua.
Em todos os países do mundo, é notoriamente mais difícil sair da quarentena do que entrar nela. O Plano SP reconhece essa dificuldade, e prevê o endurecimento de medidas, se necessário para salvar vidas. A retomada das atividades, contudo, seria mais efetiva, garantindo mais empregos e renda a quem precisa, se a sociedade não tivesse que superar permanentemente o boicote e a sabotagem de negacionistas e oportunistas da política.
São muitos os desafios superados pelo Governo do Estado e pelo governador João Doria junto com a sociedade neste período. Do índice de 97% de utilização de máscaras à revolução que dobrou o número de leitos no estado, mas considero o principal deles a liderança responsável e técnica do governador em face do populismo que vemos à frente do Brasil.
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Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional do Governo do Estado de São Paulo

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