Criado nos anos 1960, pelo psicólogo americano Erik Schople, o Teacch (Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits Relacionados à Comunicação) tem como objetivo trabalhar dificuldades relacionadas ao tema e ensinar habilidades, tanto para a criança autista quanto para aquelas que apresentam algum tipo de atraso no desenvolvimento global. O Teacch é um método que tem como fundamentos a psicologia linguística, a teoria comportamental e a psicopedagogia.
No Brasil, o Cerne (Centro de Excelência em Recuperação Neurológica) é um dos que fazem uso do tratamento. “Hoje, o Teacch é considerado um dos modelos mais completos pelos especialistas. Ele consegue incorporar recursos e estratégias ao dia a dia do paciente com problemas relacionados à comunicação, auxiliando no seu desenvolvimento. Outro ponto positivo é que o Teacch pode acompanhar o indivíduo até mesmo na fase adulta”, avalia a psicopedagoga Terezinha Bartholomei.
Os benefícios são vários, segundo a especialista, mas o principal é dar estrutura para que a pessoa com autismo consiga sua independência. “Por ser um tratamento dinâmico, conseguimos adequá-lo às necessidades de cada um, o que traz ótimos resultados”, completa. Os principais objetivos do tratamento são: ensinar que cada espaço tem a sua função; ensinar a respeitar os limites visuais; ensinar códigos de comunicação; orientar a seguir uma lógica e transição de trabalho; guiar a rotina com flexibilidade e ensinar habilidades de autocuidados.
Estima-se que hoje, o Transtorno do Espectro Autista atinja uma a cada 58 crianças no mundo. Vale lembrar que o autismo não deriva de uma causa única, mas sim de um espectro de transtornos que podem variar de acordo com o indivíduo. No geral, pessoas com autismo tem dificuldade no convívio social, apresentam comportamentos repetitivos e, em alguns casos, podem apresentar ansiedade e Tdah (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade).
Autistas: tratamento ajuda na dificuldade de comunicação
18 de junho de 2020