Além de ser importante para o conhecimento do passado e planejamento do futuro, a história é, também, uma ferramenta de gestão de memória. Para abordar este assunto, a Acipi (Associação Comercial e Industrial de Piracicaba), por meio de seu Memorial do Empreendedorismo, realiza nesta sexta (19), às 16h, a live “Memória Empresarial: informação e geração do conhecimento”.
A transmissão, com a historiadora, mestre em História Econômica e sócia-diretora da Tempo&Memória, Flávia Borges Pereira, ocorrerá pelo Instagram da entidade (@acipipiracicaba) e Facebook do Memorial do Empreendedorismo (https://www.facebook.com/memorialacipi/). Para participar, é necessário acessar um destes canais no dia e horário agendados. Informações: (19) 3417-1766, [email protected] ou acipi.com.br.
Na oportunidade, a profissional explicará como começar um projeto de resgate histórico em uma empresa, para criação de conteúdos específicos, elaboração de publicações e exposições ou, até mesmo, estruturação de um Centro de Memória empresarial. “O arquivo histórico de uma empresa reúne documentos que ela produz e acumula enquanto exerce suas atividades, portanto, trata-se de um conjunto de registros que trazem dados, informações, que revelam análises, decisões, estratégias; comunicação com colaboradores e clientes; relação de produtos e serviços; tabelas e relatórios contábeis, de produção, financeiros; registros de eventos e marcos significativos, entre outros”, disse.
De acordo com Flávia, o conjunto destes arquivos permite traçar tendências de longo e curto prazo, revelar impactos, mudanças, assim como identificar valores e cultura organizacional. “Acima de tudo, um trabalho de memória empresarial garante à empresa que o desenvolve identificar e mapear sua identidade, seu DNA. Muitas vezes, esse DNA pode não estar ligado exclusivamente ao seu negócio e sim a traços de sua cultura e valores. Os projetos de memória podem ser utilizados, também, como importantes ferramentas para desenvolvimento de ações de fortalecimento de valores, importantes para políticas e programas de gestão de pessoas”, destacou, reafirmando a importância da participação do colaborador na construção da história da organização.
A historiadora conta, ainda, que a preservação da memória empresarial é uma ação que remete à responsabilidade social das empresas e instituições que se desenvolveram no país, tornando-se parte constitutiva da história brasileira e da memória coletiva nacional. “Neste sentido, o Centro de Memória deve ser concebido de forma a atender a diferentes demandas de pesquisa e a promover ações, de acordo com as especificidades de suas comunidades interna e externa”, ressaltou.