Unificar a nossa igreja para a salvação

Tarcisio Angelo Mascarim

 

Muito se fala da unificação de todas as igrejas. Porém, dada a quantidade de igrejas existentes no mundo, além daquelas pessoas que ainda não têm religião, dificilmente conseguiremos este feito, o que seria essencial para a nossa salvação.

Agora em março, o Papa Francisco rezou pelos cristãos na China, que é o maior país em população do mundo. Com isso, ele procura trazer a China mais perto da sua Igreja Católica. Em 2010, foi estimado que havia 67 milhões de cristãos no país, aproximadamente 5% da população total.

Para demonstrar a vontade do Papa Francisco, tomo a liberdade de transcrever a mensagem “Em março, Papa reza pelos cristãos na China”, publicada pelo site Aleteia.org no último 3 de maio.

“Em ‘O Vídeo do Papa’ deste mês, o Santo Padre pede orações pela Igreja na China e lança um chamado à unidade e à fidelidade ao Evangelho.

Em sua terceira edição do ano 2020, O Vídeo do Papa – um projeto da Rede Mundial de Oração do Papa – centra sua mensagem na comunidade cristã na China, onde ‘a Igreja olha para o futuro com esperança’. A intenção do Santo Padre, confiada à sua Rede Mundial de Oração, pede que os católicos desse país ‘perseverem na fidelidade ao Evangelho e cresçam em unidade’.

Desde a década de 1970, a China tem registrado um crescimento significativo do cristianismo. Em 2010, o Pew Research Center estimou que havia 67 milhões de cristãos na China, aproximadamente 5% da população total. Outros estimam que esse número esteja se aproximando a 100 milhões de cristãos, de acordo com dados atualizados de 2018. Esse crescimento mostra como esta nação contínua sendo uma terra fértil para muitas famílias que acreditam em Jesus Cristo e em sua promessa, e que com gestos de serviço são corresponsáveis pelo Reino de Deus. A importante Carta de Bento XVI aos católicos chineses, de maio de 2007, e a mensagem do Papa Francisco aos ‘Católicos chineses e à Igreja Universal’, de setembro de 2018, na qual ele próprio apresentou o Acordo Provisório assinado entre a Santa Sé e representantes da República Popular da China, são medidas que foram tomadas no caminho da recuperação da unidade da Igreja na China.

O Pe. Frédéric Fornos SJ, Diretor Internacional da Rede Mundial de Oração do Papa (que inclui o MEJ – Movimento Eucarístico Jovem), destaca que a intenção da oração do Santo Padre tem um propósito espiritual e pastoral, pois favorecer a unidade da comunidade católica na China em sua diversidade é promover a proclamação do Evangelho e seu testemunho. É normal que esse caminho seja longo, difícil e cheio de incompreensões, o Evangelho sofre de muitas incompreensões, é por isso que devemos rezar, pois o Senhor, Criador do Céu e da Terra, transforma o coração através da oração e ajuda na reconciliação.’

Nesse contexto, O Vídeo do Papa de março encoraja os cristãos chineses a serem ‘cristãos de verdade’, ‘bons cidadãos’ e a ‘promoverem o Evangelho sem proselitismo’, uma vez que o Evangelho deve ser mostrado através do testemunho da vida. Ciente desses desafios, ele pede a todos que rezem ‘para que a Igreja persista na fidelidade ao Evangelho e cresça na unidade’.

O cristianismo na China: A primeira presença cristã na China aconteceu no século VI, quando monges sírios introduziram a Igreja no Oriente (chamada nestoriana). Em finais do século XVI chegaram a este país os primeiros missionários Jesuítas. Durante o século XX deu-se o maior crescimento de que há memoria. Estima-se que atualmente haja 100 milhões de cristãos na China (7,21% de uma população de 1.386 milhões). Em 2030, a China poderá ter a maior comunidade cristã no mundo. Qual a visão do Papa Francisco para a comunidade católica na China?:

  • Na China, há muitas vozes assinadas pela esperança de um futuro mais sereno.
  • Nesta terra, há um fecundo testemunho de fé.
  • O povo chinês é artífice e guardião de um patrimônio inestimável de cultura e sabedoria.
  • O encontro só pode ser autêntico e fecundo se for realizado por meio do diálogo.
  • A comunidade católica na China é chamada a estar unida, para superar as divisões do passado.

‘Temos uma tarefa importante: acompanhar com oração fervorosa e amizade fraterna os nossos irmãos e irmãs na China. Com efeito, devem sentir que, no caminho que se abre diante deles neste momento, não estão sozinhos. É necessário que sejam acolhidos e apoiados como parte viva da igreja’ (Papa Francisco)”.

E assim, com o Papa Francisco almejando o crescimento de cristãos na China, a gente aguarda incansavelmente a unificação da nossa igreja, visando a nossa salvação.

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Tarcisio Angelo Mascarim, sócio e administrador da Mascarim & Mascarim Sociedade de Advogados. (mais artigos no tarcisiomascarim.blogspot.com)

 

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