Professora Bebel
O direito à livre opinião e manifestação está assegurado na Constituição Federal e é basilar em um regime democrático. Ao expor nomes, fotos e outras informações de pessoas que lutam em defesa da democracia, entre elas muitas professoras e professores, dirigentes sindicais, lideranças populares e também cidadãos e cidadãs comuns, classificando-as como “terroristas”, o Deputado Estadual Douglas Garcia (PSL) coloca em risco a integridade física dessas pessoas e comete um grave crime contra o Estado democrático de direito. Ele também ataca o direito à privacidade, igualmente assegurado na Constituição Federal.
Como Deputada Estadual, Líder da Minoria na Assembleia Legislativa e presidenta da Apeoesp, expresso veemente indignação e repúdio a essa atitude do Deputado. Uma atitude autoritária que vem justamente quando o Governo Bolsonaro, que ele apoia, perde credibilidade e sustentação política e social e que o próprio Deputado se vê envolvido em investigação federal sobre o chamado “gabinete do ódio” montado para intimidar adversários políticos e criar instabilidade no país.
O Deputado tenta inverter a questão, procurando se colocar como vítima de supostos “terroristas”. Na realidade, ele é quem age como um ditador, tentando impedir que as pessoas se organizem, que se expressem, que se manifestem. Ser antifascista, mais que um direito, mais que uma atitude, é um dever de cidadania, um dever de defender o Estado democrático de direito, cujo princípio é o pilar fundamental que o embasa – a democracia – como valor indispensável para a construção de uma sociedade justa e igualitária.
Por isso, além do repúdio, me somarei a todos aqueles que buscam com que o poder judiciário tome as medidas pertinentes ao caso, para que nunca mais nosso país volte às trevas de uma ditadura.
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Professora Bebel, deputada estadual pelo PT, líder da minoria na Alesp e presidenta da Apeoesp