Barjas Negri
Recebi indagações sobre a forma como o vereador Laércio Trevisan Júnior trabalha contra os projetos sociais da cidade de Piracicaba. Alguns tiveram dúvidas e outros gostariam de ter mais informações para poderem divulgar.
De forma bem didática, vamos dar mais uma explicação. Em 2017, por exemplo, enviamos para a Câmara Municipal um Projeto de Lei para corrigir um pouco o valor venal dos imóveis e que implicaria em aumentar um pouco a receita do IPTU, tão necessário à manutenção e ampliação de alguns serviços na área social. Vinte e dois vereadores votaram à favor e apenas o vereador Laércio Trevisan votou contra, negando apoio a diversos projetos. Vamos dar exemplo da saúde: de todo aumento da receita do IPTU, a Prefeitura tem de aplicar pelo menos 15% na saúde e, se o projeto tivesse sido rejeitado – como queria o vereador Trevisan Júnior, a Prefeitura não teria esses recursos. Simples assim.
Agora, sem apoio do vereador Laércio Trevisan, todos os demais aprovaram a ampliação dos recursos do IPTU, cuja arrecadação permitiu realizar diversas obras de reforma, manutenção e ampliação de muitas unidades de saúde, por onde passam milhares de pessoas por dia e que reclamavam das condições inadequadas das estruturas de muitas unidades de saúde.
Vamos citar as mais relevantes, que envolveram R$ 3,1 milhões. Vamos começar pelas reformas de 22 Unidades de Saúde da Família, que ficaram alguns anos sem manutenção. Foram pequenas obras, com valores médios de R$ 36 mil, todas realizadas com recursos do IPTU e solicitadas por vereadores, líderes comunitários e membros das comissões locais de saúde, com destaque para bairros Anhumas, Chapadão, Vitória, Jupiá, Mario Dedini, Piracicamirim, Santa Terezinha, Santana, São José, Astúrias, Tatuapé, Vila Fátima, Vila Industrial, Boa Esperança, Bosques dos Lenheiros e Cecap.
Temos ainda reformas mais estruturadas nas Unidades de Saúde da Vila Sônia, Novo Horizonte, Monte Líbano, Centro de Referência de Saúde da Mulher, Cedic, entre outros. Construção de duas novas Unidades de Saúde em Anhumas e Vem Viver – Vila Sônia, algumas em construção e outras em licitação.
Tudo isso para melhorar o ambiente de trabalho e melhor atender os usuários do SUS. Essa tem sido a nossa prática, cuidar da saúde de toda a população, também com parte do IPTU. A Prefeitura tem a obrigação legal de aplicar pelo menos 15% do IPTU com ações e serviços de saúde e, por decisão política administrativa, aplica bem mais que isso. Para finalizar, quero apenas lamentar a posição do vereador Trevisan Júnior, que ao fazer oposição pela oposição, votou contra a alteração do IPTU. De forma indireta, tentou inviabilizar esses investimentos nas Unidades de Saúde espalhadas pelos bairros da cidade, beneficiando as pessoas mais simples. Ainda bem que os demais vereadores não pensam como ele e, felizmente, não votam como Trevisan Júnior contra a saúde da população.
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Barjas Negri, economista, prefeito de Piracicaba