A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do PMCA (Plano Municipal de Controle do Aedes), segue desenvolvendo estratégias de controle em ímoveis desocupados do município, com objetivo de evitar a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.
Imóveis desocupados são aqueles que estão para alugar e/ou vender, sob responsabilidade das diversas imobiliárias do município. Muitos destes imóveis podem passar meses sem qualquer manutenção, apresentando assim condições favoráveis para a proliferação do mosquito da dengue. “Os criadouros mais comuns encontrados são vasos sanitários sem tampa, piscinas sem tratamento, calhas entupidas, caixas d’água mal tampadas ou sem tampa, ralos externos sem manutenção, entre outros. São locais que devem ser vistoriados constantemente”, explicou Sebastião Amaral Campos, o Tom, coordenador do PMCA.
Segundo ele, a primeira etapa do trabalho iniciada em abril foi fazer um levantamento de campo de todos os imóveis da Região Central que estão para locação e/ou venda. “Para nossa surpresa, identificamos mil imóveis só na região do centro da cidade”, explicou.
Tom informou ainda que proprietários de 500 imóveis desocupados já foram notificados e a expectativa é que o restante das notificações seja entregue até o final de junho. “Após a notificação dos proprietários e das imobiliárias, nós agendamos visitas nos imóveis e verificamos in loco se apresentam ou não problemas com criadouros. Após a visita, os referidos proprietários têm um prazo para resolver de acordo com os problemas apresentados. O não cumprimento do acordo acarreta em auto de infração (multa) no valor de R$1.085,40”, cujo valor vai duplicando a cada reincidência”, disse Tom.
Neste ano de 2020 já foram aplicadas 57 multas em proprietários de imóveis desocupados. “É importante a conscientização dos proprietários desses imóveis. Que eles realizem uma manutenção mais frequente em suas propriedades, evitando o aparecimento de criadouros e eliminando, assim, a possibilidade de penalidades. A atitude é fundamental para a melhoria da qualidade de vida em Piracicaba, uma vez que reduz o risco de casos de dengue”, afirmou Tom.
Após a finalização da ação na área central, as equipes do PMCA farão o trabalho na Região Norte. “Esperamos encontrar os imóveis em condições boas de manutenção, sem nenhuma possibilidade de que o mosquito se reproduza”, disse Tom.
Qualquer dúvida sobre o trabalho dos agentes do PMCA relacionado a dengue, pode ser obtida por meio do telefone 156.
REDUÇÃO
Piracicaba registra uma redução nos casos confirmados de dengue em 2020. Nas primeiras 20 semanas do ano, foram 768 casos confirmados, uma redução de 77%, se comparado ao mesmo período de 2019, quando foram registrados 3.376 casos da doença.