O XV é nosso

É isso mesmo que você leu no título desta coluna: O XV é nosso! Como pode uma instituição chegar aos 108 anos de tantas glórias e também de decepções, e ainda ter o tema de “prosa” para saber quem gosta mais, quem é o mais interessado e até quem se acha o sabedor de todos os caminhos para melhorar sua posição no cenário nacional?
São tantos troféus e títulos e também tantas amarguras, que aconteceram nas mais diversas administrações, com presidentes, diretores, atletas e patrocinadores diferentes e sempre a culpa é de alguém pelas derrotas, mas nas vitórias somos todos um só… é isso? Pura hipocrisia. O XV de Piracicaba é de todos e não é de ninguém. Tem várias personalidades e ao mesmo tempo não tem nenhuma. A única coisa que nunca vai mudar é a essência desse clube, que atrai a simpatia dos quatro cantos do mundo.
Todos nós somos responsáveis e temos participação direta em suas conquistas e derrotas, como um município, estado ou nação somos nós mesmos que escolhemos quem irá nos representar, e no clube da Rua Silva Jardim não é diferente. Podemos reivindicar algo? Somos sócios? Contribuímos com um real mensalmente? Vamos buscar primeiro o entendimento de como funciona toda essa máquina, nosso direito de votar e poder escolher quem será o próximo a comandar esse time tão querido.
Todas as diretorias que passaram pelo XV de Piracicaba assim como a atual tiveram seus erros e acertos, como nós mesmos em nossa vida pessoal e profissional. Como criticar sem conhecer ou até ter uma proposta melhor? A crítica ou acusação sem fundamento é, no mínimo, outro erro. Fui questionado por um “fanático” torcedor do Nhô Quim, que cobrou deste colunista o fraco desempenho das categorias de formação e bradou: “se o XV desse real oportunidade para os meninos de Piracicaba, estaria em outro patamar, sem o mínimo possível de conhecimento, por mais que tenhamos divulgado que o time do XV na base a ser formada em grande parte por filhos aqui da terra”. O comentário foi em tom de pura cobrança.
Por essas e outras, nós torcedores apaixonados e vibrantes, temos que cobrar e incentivar na mesma medida. As caras feias, as demonstrações de desprezo e de indiferença pelos criticados não devem ser levados em consideração. Eles vão passar, mas a instituição “XV de Piracicaba” é imortal. Vamos deixar os profissionais mostrarem seu trabalho e aí sim, se nada der certo vamos cobrar. Mas onde é de nosso reduto e local de conforto na geral ou nas arquibancadas, vamos aplaudir a cada acerto por eles realizado e vaiar os erros e caneladas.
Esse retorno das disputas esportivas está fazendo com que a ansiedade se divida em várias formas de sentimentos, e a alegria assim que o XV entrar em campo não deve ser confundida com “obrigação” de goleadas ou de apresentações acima da média. Os atletas que ali estarão, vão precisar de um tempo para que seu organismo se readapte ao alto nível de esforço de uma partida de futebol. ‘“Paciência” será a palavra-chave para tudo.

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