Em tempos de pandemia, as imagens que remetem aos hospitais costumam ser de preocupação, mas há também muita solidariedade neste ambiente que é testemunha de todo o empenho de diferentes profissionais em defesa da vida. No Hospital Beneficente São Lucas, a Santa Casa de São Pedro, a solidariedade chegou em forma de lençóis, cestas básicas, máscaras e do trabalho de profissionais que doam seu conhecimento para treinar outros profissionais em tempos em que há restrição de circulação de técnicos.
A Confecção De Salvi, dos irmãos Nilton e Antonio Carlos De Salvi, decidiu doar 633 peças entre lençóis e fronhas. O material foi confeccionado sob medida e de acordo com as necessidades do hospital. “Meu pai veio com a família para São Pedro em 1967 e em 1991 demos início à confecção. Viemos de São Caetano e a cidade nos acolheu muito bem”, conta Nilton, que casou-se com uma são-pedrense e teve dois filhos: um que tem 24 anos e nasceu e São Pedro e uma filha, hoje com 15 anos. “Infelizmente minha filha não pode nascer aqui em São Pedro porque o hospital não fazia partos naquela época”, relembra.
O empresário decidiu ajudar o Hospital São Lucas como forma de agradecimento. “Hoje a saúde de São Pedro desenvolve um trabalho muito bom e fazer a doação foi uma forma que encontrei de agradecer por tudo que a cidade fez pela minha família”, disse.
A doação envolveu também os funcionários da confecção. “Faço um agradecimento especial também aos funcionários, que fizeram todas estas peças fora do horário de expediente, de forma voluntária”, disse De Salvi.
Também resultado do trabalho de voluntários, as 1.500 máscaras entregues pelo Fundo Social de Solidariedade ao hospital vão ser distribuídas para pacientes que chegam ao hospital sem equipamento de proteção, para aqueles que fazem tratamentos oncológicos ou de diálise e outras necessidades que exigem troca constante do equipamento. Foram confeccionadas pelas professoras e alunas do curso de costura oferecido pelo Fundo Social e também por outros voluntários. “Fizemos a proposta para o grupo, que decidiu ajudar com a confecção das máscaras”, conta a presidente do Fundo Social, Carmen Zanatta.
CESTAS BÁSICAS – Silvia Andrade, do Thermas Water Park, fez para o hospital doações de cestas básicas que foram doadas para funcionários com maior vulnerabilidade social. “Já desenvolvemos várias ações voltadas a ajudar o hospital e essa foi a forma encontrada no momento atual de auxiliar”, conta a empresária, que planeja outras atividades que terão o hospital como beneficiário.
Há também outros trabalhos voluntários que garantem ganhos importantes para o hospital, como o desenvolvido pela fisioterapeuta Amanda Negreziolo Teixeira, que tem especialização em fisioterapia voltada ao trato respiratório. Ela ajudou a treinar funcionários do hospital a usar os respiradores adquiridos, de última geração.
EXEMPLO – Interventora do hospital e secretária municipal de Saúde, Miriam Souza agradece as doações e espera que as atitudes possam estimular outros cidadãos. “São gestos muito importantes que agradeço muito em nome de toda a equipe. Ajudam o hospital a funcionar cada vez melhor ”, destaca. Para ela, a solidariedade revertida para um patrimônio do município, como é o hospital, ganha um toque ainda mais especial. “Ajudar sempre é bom, mas ajudar a saúde neste momento é uma ação que traz benefícios para quem recebe e para quem ajuda”. Interessados em ajudar o Hospital São Lucas podem entrar em contato pelo telefone 3481-9268.