Pandemia: Bebel reúne artistas para debater arte e auxílio

A deputada estadual Professora Bebel (PT) participa, nesta sexta (22), de uma live, a partir das 15h30, com artistas que tem atuação na região de Piracicaba para debater a arte em época de pandemia e o projeto de Lei 253/2020, assinado pela bancada do PT, que coloca na ordem do dia a importância social do trabalho artístico. O debate, que poderá ser acompanhado pela página da deputada no Facebook , visa principalmente abordar o Projeto de Lei 253, que tramita na Assembleia Legislativa de São Paulo, de apoio aos trabalhadores da arte, uma vez que só no Estado de São Paulo o setor corresponde a 3,9% do PIB com 1 milhão de postos de trabalhos gerados, sendo 650 mil informais.
Uma das preocupações da deputada Bebel é como os artistas estão sobrevivendo a esta pandemia, uma vez que os espetáculos públicos estão suspensos. Bebel diz que é preciso proteger esta categoria de artistas e que continuem existindo artistas e espaços culturais de sociabilidade, de encontro e pensamento crítico no mundo que virá, mesmo que ainda não saibamos ao certo como ele será.
O PL 253/2020 estabelece auxílio imediato a trabalhadores da cultura que estão na base de produção – artistas e técnicos – e espaços culturais de pequeno porte que correm o risco de fecharem suas portas. O auxílio, se o projeto for aprovado conforme foi protocolado, estabelece que a comprovação de trabalho artístico e dos espaços culturais se dará através de cadastros municipais e estaduais, de forma simplificada e o auxílio se estenderá até a data em que as atividades artísticas possam voltar a ser realizadas com a presença de público.
Para fazer este debate, a Professora Bebel reunirá nesta live os artistas Antonio Chapéu, que coordenou o Setor de Teatro da Unimep por 31 anos, que integra o Grupo Andaime, o Movimento Liberdade Liberdade, a Frente das Culturas e o Fligsp e Coordena o Ponto de Cultura Garapa e a Associação Cultural Arte; Rosângela Pereira, atriz e diretora de Teatro, ativista cultural, integrante da Apite (Associação Piracicabana de Teatro de Piracicaba), Frente das Culturas de Piracicaba e Movimento Liberdade Liberdade, é fundadora e participante da Cia D’Vergente de Teatro, da Cia Teatral Ronaumrose e do Coletivo Peneiras; Presidente do Conselho da Associação Cultura e Teatral Guarantã e professora de teatro do Instituto Formar de Aprendizagem Profissional de Piracicaba; Tiche Vianna, que é diretora e pesquisadora do Barracão Teatro, espaço de investigação e criação cênica, de Campinas. Integra o Fórum do Litoral, Interior e Grande SP – FLIGSP, movimento por políticas públicas de cultura para o Estado de SP e Daniela Biancardi atriz, comediante e coordenadora de projetos culturais. Vencedora do Premio Claudia em 2011 no campo da cultura, que inclusive foi a primeira palhaça e orientadora teatral brasileira a ingressar uma expedição dos Palhaços Sem Fronteiras para África do Sul, sendo uma das formadoras do curso de Humor da SP Escola de Teatro, além de orientadora no Centro de Artes Célia Helena, fundadora do Núcleo Absurda Confraria e membra do Coletivo Viralize!Cultura.
Bebel também destaca que nos últimos 10 anos o investimento público na área cultural vem decrescendo. Matéria publicada pela Carta Capital revela que a participação do gasto em cultura no total de gastos públicos consolidados das três esferas de governo caiu 0,07%, passando de 0,28% em 2011, para 0,21% em 2018. Tão importante quanto estes números é o fato de que a cultura é uma ferramenta indispensável para a compreensão do mundo. Um povo sem cultura é um povo sem memória. A arte e a cultura podem e devem responder aos perigos de seu tempo histórico.
O desinvestimento e a ausência de incentivo dos governos revelam um projeto político que enfraquece a sociedade civil e a organização popular. Este quadro mostra que o processo de precarização ou amordaçamento do setor cultural vem de longe. Com a pandemia da covid-19 a coisa só piorou. Com espaços culturais fechados e eventos cancelados desde março, artistas e demais fazedores de cultura estão praticamente sem recursos há mais de um mês. Este setor foi um dos primeiros a fechar e pode ser um dos últimos a retornar.

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