SERPENTE
O sábado (18) foi movimentado em Piracicaba contra o prefeito Barjas Negri (PSDB), tendo em vista o tempo de isolamento por conta da pandemia do coronavírus. E, com isso, a oposição bate como pode. O vereador Laércio Trevisan Junior (PL), por exemplo, disparou: “Manifestação na frente da residência do prefeito é do povo que votou nele, são os ovos da serpente”. Trevisan é símbolo da oposição ao chefe do Executivo.
OPORTUNISMO
Já o prefeito Barjas Negri garante que “opinião a gente respeita, concordando ou não”. Para ele, “o que não podemos aceitar é o oportunismo político-partidário, que deslegitima qualquer ato democrático”. Infelizmente, a crise político-partidária está instalada no Brasil, não só em Piracicaba, e as redes sociais são especialistas para divulgar, também, tudo o que aparece, seja verdade ou mentira.
REDES
É o caso do governador João Dória (PSDB) que, nas redes sociais, aparece enviando uma mensagem especial para Araçatuba, na região Oeste do Estado, e a insinuação é de que está “namorando” uma jovem de lá. Faz uma mensagem com as mãos dadas e garantindo que, em breve, visitará a cidade. É por aí, verdade ou não, quem sabe? São as redes sociais.
ELEIÇÕES
Dessa forma, com pandemia ou sem pandemia, com quarentena ou sem quarentena, as eleições deste ano – se forem realizadas – terão o amargo da maldade e não o sabor dos projetos de que a sociedade precisa. Com votos para prefeito, vice e vereadores, as cidades brasileiras terão, certa e infelizmente, um derrame de mensagens nas redes sociais que confundirão os eleitores, especialmente os menos avisados. É o preço das informações que caem no colo de todos. E isso, claro, nada tem a ver com Jornalismo.
CUIDADOS
Por sua vez, o prefeito Barjas Negri acompanha o ritmo de trabalho pelo isolamento melhor possível, conforme orientação, e decreto, do Governo do Estado de São Paulo. O governador João Doria (PSDB) estendeu a quarentena para até o dia 10 de maio e há, ainda, quem raciocina para mais alguns dias, em defesa da saúde pública. Isto é: os hospitais precisam estar preparados para atendimento aos infectados pelo novo vírus.
PLANALTO
Já no Palácio do Planalto, a seu modo, o presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) desafia as orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde), o próprio Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal). Fez um discurso para seus apoiadores que, em frente ao Quartel do Exército em Brasília, pediam, sábado à tarde, “intervenção militar”. O discurso de Sua Excelência foi para queda de braço. Na segunda (20), seu discurso foi outro: respeito à Constituição e volta ao trabalho, com o fim da quarentena nesta semana.
GOLPE?
Os bolsonalistas acusam, como o próprio presidente Jair, que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), esteja planejando um “golpe”. Que golpe? Os militares brasileiros, de alta patente, têm demonstrado equilíbrio nesse sentido, para que a Constituição seja respeitada, sem ultraje sobre seu texto. Para este velho Capiau, as Forças Armadas são, hoje, garantidoras do Estado Democrático de Direito. Queira Deus!
DIFÍCIL
Nas entrevistas coletivas do presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido), em frente ao Palácio da Alvorada ou em frente ao Palácio do Planalto, difícil mesmo – para este Capiau, que vive há 51 anos a imprensa diária – é ver certos entrevistadores e apoiadores ao entrevistado, batendo palmas… Quanto ao presidente não responder perguntas de O Globo ou da Folha de S. Paulo, é decisão de Sua Exª.
FORA
No sábado à tarde, a Direita brasileira (que apoia o presidente Jair Bolsonaro, sem partido) fez carreatas por onde pode, pedindo “intervenção militar”. Os manifestadores de Águas de São Pedro, por exemplo, organizaram carreata lá, dentro do horário possível para vir para Piracicaba, engrossando o cordão aqui. Faz parte da estratégia de manifestação para mostrar quantidade. Esta manifestação foi na tarde de sábado; contra o prefeito Barjas, em frente a sua casa, foi de manhã. Deveria, que tal?, ser em frente ao prédio do Centro Cívico onde está a Prefeitura Municipal. Em frente à casa, não.