Chuva exige maior atenção no combate à dengue

Equipe de Controle de Endemias visita escolas

Com as chuvas acima da média registradas nos últimos dias, um inimigo “invisível” ganha a força: a dengue. O período é propício para acúmulo de água em vários locais que podem transformar-se em verdadeiros berçários do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela.

A fêmea do Aedes pode botar os ovos em diferentes locais, mesmo sem água. Quando a chuva vem e água fica acumulada, em 3 dias estão formadas as larvas e no período de 5 a 7 dias, os mosquitos.

Para evitar qualquer problema, todos devem redobrar a atenção nas ações rotineiras de combate ao mosquito. Sacolas plásticas, baldes, garrafas ou qualquer vasilha deixada em local descoberto podem acumular água, assim como calhas e lajes, que devem ser constantemente vistoriadas e limpas. Obras também podem ser local de proliferação do Aedes. Para limpar pincéis ou outros materiais, a água é importante aliado, mas se ficar parada por apenas alguns dias, pode se transformar em criadouro.

Além de visitar casas em vários bairros, especialmente aqueles que registram o maior número de casos, a equipe de agentes da Secretaria da Saúde e Desenvolvimento Social também faz visitas a prédios públicos, como escolas. Nestes locais, são feitas vistorias e orientações para os responsáveis adotarem práticas constantes para garantir o espaço livre de focos.

A ação integra a Operação Combate ao Mosquito, realizada pela Prefeitura de São Pedro com o envolvimento de várias secretarias, sempre com o objetivo de evitar a dengue.

Também são realizadas pulverizações na região dos bairros que concentram o maior número de casos. Para que o trabalho de nebulização tenha efeito, os moradores precisam abrir as portas para os agentes e técnicos da Saúde. Nas áreas próximas a residências de pessoas que têm diagnóstico de dengue confirmado também é realizado o bloqueio. Nesta ação, os agentes visitam o local, orientam sobre o mosquito e a doença e eliminam possíveis criadouros.

Veterinário do Controle de Vetores da Secretaria Municipal de Saúde e Desenvolvimento Social, Matheus Murbach dá orientação em caso de encontrar larvas em água parada em algum recipiente: “é preciso descartar na terra e nunca jogar em ralos, na pia, ou lugar que tenha água”, orienta. Ele também recomenda usar cloro em locais que possam acumular água, como o vaso sanitário de casa de veraneio, por exemplo.

“É muito importante eliminar a água parada e impedir o mosquito de nascer”, destaca o veterinário, que pede também para todos abrirem as portas aos agentes e seguir a orientação deles no combate. “Todos precisamos combater o mosquito para nossa própria proteção”.

SINTOMAS – Febre alta súbita, dor de cabeça e dor no corpo e articulações, náuseas e vômitos, manchas vermelhas no corpo e coceira são os sintomas mais comuns da dengue. Em caso de suspeita, o paciente deve procurar sua Unidade de Saúde de referência. Todas as UBSs do município estão preparadas para fazer coleta de sangue para exame e hidratação do paciente.

Prevenção inclui cuidados diários

A melhor prevenção contra as doenças é adotar hábitos diários que impeçam criadouros dos mosquitos, mas há também outras formas de barrar o avanço das doenças, como o uso de repelente, que deve ser adotado especialmente pelas pessoas que têm o diagnóstico confirmado, para evitar novos casos.

Nas escolas, além do trabalho dos professores, estão programadas ações com agentes de saúde para estimular hábitos de prevenção.

ECOPONTO – Nas atividades realizadas para eliminar possíveis criadouros, munícipes que quiserem fazer descarte de material podem usar o Ecoponto. O descarte é gratuito até o volume de um metro cúbico (equivalente a aproximadamente 25% do volume de uma caçamba ou a uma caixa d’água de 1.000 litros) por CPF.

Podem ser descartados no Ecoponto materiais como entulho de construção civil, madeira, papelão, vidro, eletrodomésticos e móveis antigos. Localizado em área vizinha à Garagem Municipal, a área foi preparada para receber e separar os materiais que terão o destino correto, seguindo as determinações da legislação ambiental.

No Ecoponto não podem ser descartados lixo comum, material hospitalar e de outros serviços de saúde como clínicas médicas, veterinárias, odontológicas e outras.

Outras informações sobre combate, causas e sintomas das doenças provocadas pelo Aedes podem ser consultadas em saude.gov/combateaedes

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima