Walter Naime
As sociedades humanas de modo geral estão em constante transformação procurando sempre o caminho mais curto para o seu conforto e desenvolvimento junto às necessidades de sobrevivência.
Nas transformações que ocorrem atualmente com maior velocidade, tendo de se resolver com mais eficácia num estágio de transição acontece que os possíveis erros sejam compensados pela vontade do acerto.
O comércio sempre foi força que atuou para essas informações, apresentando efeitos nos hábitos, na vestimenta, nos relacionamentos, na alimentação, na educação, nas artes, nos esportes e no viver em geral.
Tudo isso pode ser comparado ao produtor de melancias, que tendo pressa de entregar o seu produto não teve tempo de arrumar a carga em seu caminhão e coloca as melancias desarrumadas para ganhar tempo contra o seu concorrente, esperando que se arrumem durante a viagem. Nesse percurso, porém, essa arrumação “espontânea” algumas vão se rachar.
O comércio do século XXI começou com mudanças provocadas pela ideia de globalização, forjadas nas necessidades pela evolução da internet.
Assim também as sociedades vão se arrumando, trazendo no final um resultado que deveria ser cem por cento, mas o processo não permite que isso se realize.
O comércio “Xing Ling”, estabelecido na Foz do Iguaçu, Manaus, Cuiabá e em São Paulo, se apresenta primeiro dominando a Rua 25 de Março, depois o bairro do Brás, espalhando pelo interior do Brasil.
Piracicaba, nesse aspecto, também passa pelo traçado da nova “Rota da seda Chinesa”, atraindo coreanos, chineses e hindus.
Não é preciso dizer que as formas da comercialização são inovadoras e eles sabem executá-la com grande habilidade, se dedicando de forma total a esta atividade, no que merecem aplausos.
Desse comércio também resulta mudanças em muitos aspectos da vida procurando novos espaços, com aparecimento do entendimento na sua operação.
Como a coisa não para, devemos nos adaptar a cada transição e para não perder as melancias rachadas, vamos chupá-las para não ficarmos chupando o dedo.
Não vamos nos adiantar muito e entusiasmados pelo sucesso alheio, tentar copiar os andamentos que os asiáticos operam as abordagens comerciais, mas depois de analisá-las ver se condizem com as nossas leis, para depois coloca-las em prática com os cuidados exigidos em cada caso.
Não exagerar a ponto de ir ao Dr. Pitangui mandar puxar os olhos através de uma plástica para somarmos um pouco de identidade.
Aprendamos baixar as armas ao nos enfrentarmos comercialmente, para que as nossas melancias não apodreçam, porque não devendo estocar produtos e nem rancores, absorvendo lições novas, produzindo mais e baixando os preços.
Se um dia alguém perguntar onde fica a Rua “Xing Ling”, você poderá até aceitar a resposta: É a antiga Rua Governador.
Vamos nos esforçar aprendendo com os novos rumos comerciais e para que isso não aconteça vamos aguardar que o Governador Pedro de Toledo possa ser o vencedor.
Walter Naime, arquiteto-urbanista, empresário