A comunidade escolar de Anhumas, bairro localizado a cerca de 40 km do Centro de Piracicaba, marcaram manifestação para esta quarta (22), às 17h, em frente à EE (Escola Estadual) Felipe Cardoso, em função de decisão da Diretoria Regional de Ensino de mandar suspender a atribuição de aulas para o terceiro ano do ensino médio. Inconformada com esta medida, a moradora Tais Barbosa Caetano, mãe do jovem Richard, esteve nessa terça (21), na subsede da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), reunida com o conselheiro da entidade, Antonio Francisco Correia, e com o advogado José Boldrin, denunciando a medida e pedindo apoio.
De acordo com Taís Barbosa Caetano, esta medida de fechamento do ensino médio noturno está atrapalhando a sua família, uma vez que seu filho de 16 anos, que iria cursar o terceiro ano do ensino médio à noite, não terá mais como trabalhar e nem como estudar. “Se ele, realmente, tiver que estudar durante o dia não terá mais como trabalhar e também terá muitas dificuldades para fazer um outro curso, uma vez que são poucos horários de ônibus que servem o bairro e a distância a ser percorrida até o centro da cidade demora cerca de duas horas e a aula da manhã termina por volta das 12h40”, conta.
Este problema também é relatado por outros pais, que não sabem o que fazer, uma vez que seus filhos estudam à noite e trabalham durante o dia. A reivindicação dos pais é de que a escola de Anhumas volte a ter o ensino médio completo à noite e seja feito o desmembramento das salas de oitavo e novo ano, que estão superlotadas. “Fizemos esta reivindicação em dezembro, inclusive com abaixo-assinado e ata da reunião da APM sendo encaminhada à Diretoria de Ensino e ao invés de atender a solicitação foi determinada a suspensão da atribuição de aulas até do terceiro ano, que estava garantido”, reclama o conselheiro da Apeoesp, Antonio Francisco Correia.